Só para ferir, você falou do meu cabelo;
Só para ferir, falou do meu peso;
E só para me ferir, questionou minha inteligência.

Só para me ferir, falou do tom da minha pele;
E do formato do meu nariz;
Só para me ferir!

Com a única intenção de ferir, falou da minha roupa;
E do meu saldo.

Só para me ferir, questionou o meu caráter;
E duvidou do que eu dizia,
Só para me ferir!

Somente para ferir, você desprezou a minha fala;
E desdenhou do que aprendi.
Só para ferir, você falou dos meus modos,
E apontou o dedo em minha direção.

Para me ferir, você sorriu quando eu caí!
E me disse palavras más,
Só para me ferir!

Daí, as lágrimas rolaram…
Não teve jeito!
Não por meu cabelo ser enrolado;
Não por estar acima do peso;
Ou por ter apenas um par de sapatos.
Não por isso!

A garganta deu um nó, não pela cor da minha pele!
Nem pelo formato do meu nariz;
Nada disso!

Nem por duvidar do meu caráter;
Não!

Doeu, não a humilhação que me fez passar;
Nem por ter alguma dúvida da minha própria capacidade;
Ou por me identificar com qualquer coisa que você tenha dito.

Chorei, não por ver você rindo de mim;
E nem pelas palavras que te ouvi dizer;
Não doeu por isso!

Na verdade, eu fiquei triste de te ver fazer aquilo, só para me ferir!