No meu peito mora uma dor que já não sabe mais ser dor.
De tanto cansar-se de doer, partiu em disparada, sem se despedir.
Tomou a frente do meu mundo e, em minha defesa, se rebelou.
Soltou o verbo, colocou os pontos nos “is”, e ditou as regras daqui em diante.
E eu fiquei para trás, atônita, impedida de sofrer.

MARCELA SILVEIRA
Que coragem a sua dor teve…
Foi embora não por covardia, mas por amor próprio.
Rebelou-se para te proteger, para não mais ser espinho, mas escudo.
E nesse ato silencioso, te deixou o mais difícil:
sentir sem sofrer, existir com a ausência do que te consumia.
Talvez agora, sem ela te ferindo, seja possível apenas viver.
Com menos peso, com mais presença.
Impedida de sofrer… mas livre para respirar.
DarleneBrito
Que lindo Marcela!
Agradeço por ter parado para ler e sentir o que escrevi. É isso que importa: tocar de algum jeito.
Percebo que você tem um talento especial para expressar sentimentos.
Beijo 😉