Quem me vê assim, tão aparentemente frágil, não suspeita da força que tenho.
Quem vê esse transbordar de intensidade, tão nostálgica, não imagina o quanto sou feliz apenas por existir; um pássaro, e eu ganho o dia.
Quem me vê de fora — e quem me lê tentando responder às próprias perguntas — jamais chegará à essência que sou eu.
O que escrevo está longe de ser manual, guia ou caminho para acessar fragilidades ou fortalezas; isso nem mesmo a tecnologia mais avançada do mundo seria capaz de decifrar.
O que tenho aqui dentro do peito é para aqueles que conseguem me ler e me acessar.
É para quem tem a alma nua e o espírito livre — ou, ao menos, gosta de brincar com barquinhos de papel.
Todos os outros tipos de pessoas não conseguirão sequer suspeitar.
Leve como uma rosa, com espinhos que cuido para não ferir ninguém — mas que, inevitavelmente, em algum momento, irão ferir.
Feliz como uma criança amada, porém com lágrimas nos olhos de uma criança jamais vista.
Boba, talvez — já que você insiste —, porém caçadora incansável da sabedoria genuína.
Escolho minhas batalhas como quem escolhe a própria roupa todas as manhãs.
Então, não: não caio em provocações baratas.
Neste momento, minha mente me transporta para aquela árvore de formato estranho, e eu sigo feliz. Seja você também.
Minha energia não é para todos — por isso, blindo-me com minha armadura invisível.
Não, você não vai me acessar.
Não tenho interesse em te provar nada.
Pode desconfiar, pode descredibilizar.
Eu realmente preciso terminar um passarinho que comecei a pintar; não tenho tempo de fazer você confiar ou me validar.
Você está certo.
Você ganhou a discussão — ela nem vai começar.
Se depender de mim, você tem razão e eu, paz.
Andei frágil, sim — também pudera.
A vida me deu mais um soco no estômago.
Porém, mesmo dentro do maior caos do mundo, segui convicta de tudo o que hoje, para mim, é cada dia mais real.
À medida que a vida avança, ela me mostra pessoas diferentes de mim — e me mostra, ainda mais, o quanto eu me quero e me amo.
Invisto nos meus vazios, nos meus silêncios, no meu autoconhecimento e, é o que verdadeiramente importa.
Sou um espírito livre.
Não caibo dentro de nenhuma gaiola.
Ou voa comigo —
ou me olha do chão.
Neuma S. Silva
Só quem tem beleza de alma consegue se expressar de forma tão genuína e autenticada.
Parabéns! Lindo poema. 👏🏽🥰
DarleneBrito
Obrigada por voar comigo, Neuma!!! <3
Um abraço carinhoso 🙂