Cacos e cascos;
Em busca de rumo.
Sem malas, nem bagagens;
Sem nada, nem ninguém.
Fôlego ofegante, boca seca;
Mãos aos joelhos;
Por onde vou?
Sigo…
Asfalto…
Luzes, pessoas, carros, casas, solidão…
Camuflado no balançar do ônibus às seis da manhã;
Enfileirado nas cadeiras da sala de aula;
Marcado pelo meu registro geral, negativado no banco.
Contribuinte, pagante, credor, pessoa física.
Mais um em meio à multidão.
Percebo: estou perdida…
Pausa, choro, soluço, solidão…
Volto…
Agora sei o caminho…
Mãos aos joelhos;
Estrada de barro!
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