Gosto do que o vento sopra aos meus ouvidos;
Gosto da saliva salgada do mar, que, devagar, me beija a boca;
E das pedras que, no seu tempo, continuam ali.
Gosto de sentir o toque forte do sol na minha pele e de sentir o alívio da chuva fina;
Gosto de pisar nas folhas secas e de deitar entre as raízes das árvores.
Gosto de, em silêncio, observar as conversas dos bandos, e gosto de estar ali, de só estar, às vezes;
Gosto de me perder em seu meio e de me recobrar, buscando sentido;
Gosto dos traços de verdade, ou não, dos seus rostos, e das risadas profundas.
Gosto de olhar o céu azul, de me perder em pensamentos, de buscar as nuvens que já se foram.
Gosto de soprar letras e de flutuar na brisa das palavras;
Gosto de declará-las no papel.
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